Tornar imprevisível a palavra não será uma aprendizagem de liberdade?
Gaston Bachelard
Gaston Bachelard
É por isso que tomo a palavra manhã, e faço dela um sopro de matizes audazes e matreiros. Deliciosos.
É por isso que estendo a palavra ímã, e me afogo nela como num ventre gelado e fútil, como num sonho, como num cedro. Como num vértice.
É por isso que pretendo que essa cor, a teerã, é tão ou menos feroz do que a do descompasso, do que a da lágrima vencida. Da sinapse venturosa. Do vício.
É portanto essa quimera, a verborrágica, que não se finda, nem se vulga, nem se cala. Nem bem nervosa, nem sempre estropiada. Ou fílmica. Nem quando estou triste ou puta da vida. Nem quando estou sem medo. Quase findo.
É meio estrábica, meio barroca, meio silábica, meio travessa. Meio um pouco disso tudo. Coitada.
Química de venenos e verdugos. Desconexa.
Chave de cadeia, mel de reminiscências, mistura insalubre e selvagem. Doses, poliedros, semáforos, desocupâncias. Degenerescências e candelabros.
É por isso que estendo a palavra ímã, e me afogo nela como num ventre gelado e fútil, como num sonho, como num cedro. Como num vértice.
É por isso que pretendo que essa cor, a teerã, é tão ou menos feroz do que a do descompasso, do que a da lágrima vencida. Da sinapse venturosa. Do vício.
É portanto essa quimera, a verborrágica, que não se finda, nem se vulga, nem se cala. Nem bem nervosa, nem sempre estropiada. Ou fílmica. Nem quando estou triste ou puta da vida. Nem quando estou sem medo. Quase findo.
É meio estrábica, meio barroca, meio silábica, meio travessa. Meio um pouco disso tudo. Coitada.
Química de venenos e verdugos. Desconexa.
Chave de cadeia, mel de reminiscências, mistura insalubre e selvagem. Doses, poliedros, semáforos, desocupâncias. Degenerescências e candelabros.
Exércitos amarelos. Doses homeopáticas de um verbo esquivo e vibrátil..
Como tudo o que não faz sentido,
e é muito mais bonito...
Comentários
Adoro ler seus textos. Sempre venho aqui e silenciosamente leio tudo com um um delicioso prazer. Coloquei um link teu no meu blog e agora meus amigos tbm saberão que gosto de ler vc.
Bjs
http://vem-prosear.blogspot.com
bjos
Clau
Denise, não sei se foi muito visceral, não, acho que esse último foi mais "cerebral" mesmo, verbal, como diz o Esdras, meio cenográfico, talvez... Se bem que minha relação com as palavras é tão ambígua que as coisas acabaram se misturando... como normalmente acontece, aliás... bom, não faz muito sentido mesmo, o sentido quem dá são vocês... : )
E Clau, tb gosto muito dessa palavra. Ela é forte e engraçada ao mesmo tempo, quase um chiste, meio irônico, meio sério, não acha?