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Mostrando postagens de janeiro, 2008

É isso aí...

O amor é feito de quedas e sustos, de espanto e de silêncios, de trajetórias estranhas e fomes diversas. O amor é feito de cobre. Dura muito, mas muda de cor com o tempo. O amor é feito de pedras aladas, de tristezas ocultas, de sílabas desconexas. O amor é feito de escolhas. Mas algumas dessas escolhas são fatais. Ou fatídicas. O amor às vezes não existe. É feito rio correndo: tem suavidade e orgulho, mas carrega areia e dejetos. O amor também é feito de vento e de geografias. De lutas e reentrâncias. O amor é feito de sede. E de febres.

No primeiro dia do ano...

Foto de Ana Elisa ; no primeiro dia do ano, aquela senhora obesa olhou para a sua janela; para a sua mesma e nem tão velha grade e pro seu mesmo pedaço de céu, de sol e de tronco de coqueiro (ou seria palmeira?); e pensou de novo na morte; e em como não era tão ruim assim não poder se mover; e em um filme do woody allen que tinha assistido há muito tempo; o moço convalescente sentiu-se mais forte e resolveu cortar o cabelo assim que o comércio voltasse a funcionar (ou seriam os pulmões?); o cara da transportadora suspirou de novo, quando lembrou do dia seguinte (ou da vida seguinte?) e de tudo o que havia deixado por fazer; depois lembrou que suspirar era coisa de veado e resolveu tomar mais uma cerveja; a dona do salão decidiu não parar de fumar e não parar de ficar até tarde vendo merda na televisão, como todas as amigas pediam; afinal, que importava a saúde dos seus brônquios ou das suas retinas tão fatigadas? Para a puta que pariu com tudo isso... porque cigarro e tv são formas ba