Fratura é coisa sem termo. E não é não. Depois do corte, o espanto. A dor, o ponto, o gelo. A sutura imperfeita. O alarido das coisas que não cessam. Que não se rendem. Depois, depois. A coisa cicatriza. Mas fica na pele feito coisa que termina. E de vez em quando se agita e geme e ferve. E toma conta. Como aquele sorriso perdido entre balbúrdias. Como um afago incompleto. Resto de um silêncio sem partida, sem contornos. Ao depois passa. Mas de vez em quando volta. A queda, o grito, o sonho. Volta como quem perde uma amiga. Surdo e exposto. À deriva.