Há momentos em que todo falar é pouco.
E o silêncio, ficando imenso na boca,
Parece vibrar como um pássaro aceso.
Há momentos em que todo amor é pouco.
E a vontade de amar, ficando imensa no corpo,
Pesa suspensa, como uma lápide ausente.
Há momentos em que toda devoção é pouca.
Porque o ardor e a palavra, esses incógnitos,
Escandem, verso a verso, tua figura breve.
Mas é assim, devotada, amorosa e muda, que te amo.
Já que as palavras não fazem mais leve, nem mais puro,
O violento e delicado abismo
Que te entrego.
E o silêncio, ficando imenso na boca,
Parece vibrar como um pássaro aceso.
Há momentos em que todo amor é pouco.
E a vontade de amar, ficando imensa no corpo,
Pesa suspensa, como uma lápide ausente.
Há momentos em que toda devoção é pouca.
Porque o ardor e a palavra, esses incógnitos,
Escandem, verso a verso, tua figura breve.
Mas é assim, devotada, amorosa e muda, que te amo.
Já que as palavras não fazem mais leve, nem mais puro,
O violento e delicado abismo
Que te entrego.
Comentários
nossa!!! Impressionante o tanto que eu agradei dos seus escritos. Desde a última poesia publicada ao texto que estréia o blog. "A moça do caixa", "Um velho..." e "Arquiteturas" - quantas coisas lindas e gostosas de serem lidas. Há muito tempo não cruzo com uma escritora que goste tanto. Já faz parte dos meus preferidos.
Sinceramente,
Daniel Rubens Prado.