A casa da escrita é desenhada aos poucos. Em febre e vício. Em cada traço, segue-se o rastro de algo que se despossuiu, que foi se desmanchando de si, para atingir algo que não era ele mesmo, mas acabou sendo. Em cada linha, em cada ênfase, em cada perspectiva, dorme uma espera que não se conclui, que não pode acabar.A casa da escrita é a minha casa, feita de um quase papel, de uma quase miséria: a de não poder alcançar.A casa da escrita é feita de olhares alheios, de algumas derrotas, de doces traições. De íntimas alegrias se faz, de pequenas coisas, de brevíssimas notas.
Dizem que ela cresce e se movimenta no espaço, mas é no tempo do instante que ela fulgura sua pálida suavidade, sua impressionante estatura. Fugaz e tímida, ela nem sempre se mostra.Mas entre um susto e outro, ela acontece.
Em 2007, eu... Fiz novos amigos. Fiz o que pude pra guardar um tempinho para os velhos amigos, tão queridos... mas nem sempre consegui. Trabalhei bastante, mas sonhei ainda mais... Talvez demais. Tive pesadelos, mas acordei com alguém do meu lado... Senti muita falta da minha mãe. E mais ainda do meu pai. Falei a verdade. E me arrependi. Às vezes menti... Redescobri a Edith Piaf... e aprendi mais sobre arrependimentos. Tive muito medo, mas me socorreram a tempo... Saí da natação (mas pretendo voltar, juro!)... E engordei um pouco (eufemismos sempre são úteis). Vi dezenas (ou seriam centenas?) de filmes ótimos... E outros nem tanto... Vi duas peças magníficas! Rubros ... e Atrás dos Olhos das Meninas Sérias (se elas aparecerem em cartaz, corram pra lá!). Perdi a paciência... inúmeras vezes... Chorei de desespero... Mas me acalmei depois. Chorei de alegria - algumas vezes. Descobri o maravilhoso mundo encantado dos blogs... Descobri que toda vez que eu descubro algo novo, eu fico deslu
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um beijo enorme!