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Um filme sem sexo...

Na semana passada, tive a felicidade de participar de uma experiência deliciosa, cujo resultado está no post aí de baixo.
Adoro criações coletivas, o resultado é sempre surpreendente. Mas essa, essa foi emocionante, isso posso dizer. Eu confesso que quando lá fui para as filmagens, não imaginava que o processo criativo da agência fosse tão coletivo, tão mágico. Eu ingenuamente achava que cada um fazia a sua parte e pronto. Mas o que eu vi e vivi foi outra coisa.
Vi que todos participavam vivamente, e eram ouvidos. O que estava sendo proposto pelo anúncio acontecia bem ali, na minha frente: respeito às diferenças, diálogo, participação, alegria, delicadeza, força. Eu chamo isso de integridade. Foi isso que eu vi. Sei que é difícil de encontrar, por isso falo disso aqui, nesse espaço que é tão público e tão íntimo; nesse espaço que é meu modo oblíquo de me mostrar sem ser vista.
Do carinho deles comigo nem vou falar: eles sabem, eu sei. O resultado todos vocês podem ver.
Agora vai o anúncio que deu origem ao filme, a "explicação" e a ficha técnica (não consegui colocar tudo no mesmo post, e olha que tentei!).
Ficha técnica:
Criação - Cristiana Guerra e Daniel de Jesus, com participação da equipe de criação da Lápis Raro e dos leitores do blog da Lápis (eu estou incluída na categoria leitores, como logo se vê!).
Direção de criação - Carla Madeira
RTVC - Marcelo Henrique
Direção de cena - Léo Lima
Direção de fotografia - Paulo Polônio
Produção - Lápis Raro e Toca Filmes
Finalização - Toca Filmes
Áudio - Serrassônica
Estratégias para internet - Juliana Duarte, Juliana Sampaio e Steffania Paola

Explicação necessária:
O anúncio foi criado a partir de um convite do jornal PropMark, para a edição comemorativa ao Dia Internacional da Mulher. O briefing foi publicado no blog da Lápis Raro e o brainstorming contou com a colaboração dos internautas. Depois de pronto, surgiu a idéia da adaptação em vídeo. Mais detalhes sobre este processo aqui e aqui.

Comentários

Ciro Guedes disse…
Oi Rebs,

sou eu mesmo, o próprio, em carne e osso. E você não está errada, sou o do Cidade Nova sim, agora em nova versão: publicitário! A outra profissão ficou pra trás. Hoje sou redator publicitário e também professor no Promove de Sete Lagoas. Beijo.
Anônimo disse…
Querida!
raquel medeiros disse…
Achei belíssimo o vt. Vi diversas vezes. E não cansa porque é gente de verdade, de carne e osso, igualmente fascinantes nas suas diferenças.

Dá pra notar que o trabalho foi feito de mãos dadas, infelizmente isso é raro, apesar de tão possível.

beijo e bom fim de semana!

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