Pular para o conteúdo principal

É isso aí...

O amor é feito de quedas e sustos, de espanto e de silêncios, de trajetórias estranhas e fomes diversas.

O amor é feito de cobre. Dura muito, mas muda de cor com o tempo. O amor é feito de pedras aladas, de tristezas ocultas, de sílabas desconexas.

O amor é feito de escolhas. Mas algumas dessas escolhas são fatais. Ou fatídicas.

O amor às vezes não existe. É feito rio correndo: tem suavidade e orgulho, mas carrega areia e dejetos.

O amor também é feito de vento e de geografias. De lutas e reentrâncias. O amor é feito de sede.

E de febres.

Comentários

Anônimo disse…
arrasa rebequinha!!!
Anônimo disse…
O amor é escavação dura, penosa, com sutilezas fosséicas descobertas em susto. O amor não pode ser medido em temporais, pois a loucura dos ventos ofusca sua realeza.
Beijos!
Rebecca M. disse…
Paulo e Ju,

Não sei o que seria desse blog se não fosse vcs...

Bjos queridos!

R.
oi Rebecca
te achei lá no blog da Cris!!!
Veja que coincidência...
Anos depois de nossa Escola de Arquitetura...
Como vc está??
Passa lá no meu blog depois.
um grande beijo e td de bom!!!
Ludimila
Anônimo disse…
o sentimento, quanto mais profundo, mais pobre é na aparência e mais rico no fundo. não de ornamentos vãos e frívola aparência se orgulha, mas da sua própria essência. poder contar seu ouro é sinal de pobreza. e o meu amor chegou a tal riqueza, que nem pela metade o contarei agora.
W Shakespeare
tainah disse…
saber desa febre e dessa sede...
Ana disse…
É realmente "isso aí"!

Gostei muuuito do teu blog, das tuas reflexões, dos teus escritos!

(Cheguei aqui por um link na Martina.)
Aviva disse…
Rebs,
Dê uma lida na última postagem do Carpinejar (o link tá na minha página), onde ele também escreve sobre o amor.
Beijinhos
Rebecca M. disse…
Paulo!

Arrasando no Bardo, hein?!

Essas palavras me comovem tanto...

Bjos!
Aviva disse…
Ah, é?
Defendendo Clarice Lispector?!
Ulaláá....
Janine Avelar disse…
Oi Rebs,
bem que vi que vc andava sumidinha... some nao...
adoooro passar por "Umas e Outras"...
Beijim e saudades!
Janine Avelar disse…
Oi Rebs,
bem que vi que vc andava sumidinha... some nao...
adoooro passar por "Umas e Outras"...
Beijim e saudades!
Anônimo disse…
Oi Rebecca,
Passei para dar uma espiadinha no seu blog e adorei "É isso aí"...ah, achei bárbaro o Women's Space, taí um blog de bom gosto!
Abraço,
Denise.
marcela dantés disse…
engraçado você falar de amor.
tenho pensado tanto nisso ultimamente.

e só posso concordar. são quedas e sustos e escolhas e movimento e sede.
e febre.

e eu que já achei que toda essa história de amor fosse superestimada demais pra mim.

e essa internet, hein?
quando a gente escuta que ela aproxima pessoas, não acredita.
mas cá estou, lendo coisas deliciosas de alguém que não conheço. isso é bom de um jeito bom.

beijos

e se te conforta: nunca terminei crime e castigo também. e olha que ja tentei umas 4 vezes.

beijos
Michelle Silva disse…
Ei amiga,Vc sabe que falou de amor ,falou comigo né...rs
Adorei e concordo com cada palavra,pois sinto, e vivo "O AMOR". Bjos Amamos vc. "É ISSO AI" Sálua e Xu

Postagens mais visitadas deste blog

Fazendo o balanço...

Em 2007, eu... Fiz novos amigos. Fiz o que pude pra guardar um tempinho para os velhos amigos, tão queridos... mas nem sempre consegui. Trabalhei bastante, mas sonhei ainda mais... Talvez demais. Tive pesadelos, mas acordei com alguém do meu lado... Senti muita falta da minha mãe. E mais ainda do meu pai. Falei a verdade. E me arrependi. Às vezes menti... Redescobri a Edith Piaf... e aprendi mais sobre arrependimentos. Tive muito medo, mas me socorreram a tempo... Saí da natação (mas pretendo voltar, juro!)... E engordei um pouco (eufemismos sempre são úteis). Vi dezenas (ou seriam centenas?) de filmes ótimos... E outros nem tanto... Vi duas peças magníficas! Rubros ... e Atrás dos Olhos das Meninas Sérias (se elas aparecerem em cartaz, corram pra lá!). Perdi a paciência... inúmeras vezes... Chorei de desespero... Mas me acalmei depois. Chorei de alegria - algumas vezes. Descobri o maravilhoso mundo encantado dos blogs... Descobri que toda vez que eu descubro algo novo, eu fico deslu

...

"Por esses longes todos eu passei, com pessoa minha no meu lado, a gente se querendo bem. O senhor sabe? Já tenteou sofrido o ar que é saudade? Diz-se que tem saudade de idéia e saudade de coração... Ah." Guimarães Rosa (GSV)

À maneira de Ulrica

Para Silk... Sobre ela, pouco se podia dizer. Dizia-se de sua pele comovente, expansiva em forças. Explosiva ternura. Dizia-se de sua beleza. De seus girassóis. Leveza vibrátil e ardente, tocada pelo fogo, marcada por seu inexaurível mistério. Dizia-se de sua febril intensidade. Seus olhos. Ardorosa meditação sobre a alegria. Dizia-se de sua vibração aquática, humores e fluidos em infatigável doçura. Dizia-se de sua proximidade com os ventos. De sua liberdade cantante de moça do ar. Dizia-se de sua densidade terrestre. Da disposição para o encanto. Das exigências do corpo. Das pernas. Falava-se, sempre e sempre, acerca da conformação sutil de seus quatro elementos. Caleidoscópicos. Sutis neblinares de tímida e rutilante orquestração. Dizia-se que era criança e mulher. E que podia ser encantadoramente nossa em certas noites de lua cheia. Ou quando do encontro de certos tipos de amuletos. E de suspensórios. E mais não se podia dizer. Porque seria sempre muito pouco. Para saber mais sobr