Cansada de dizer coisas óbvias ou coerentes, ela divagava. Detestava a coerência, que era pra ela como uma espada espantada. Passou a dizer coisas alhures. A misturar melancias com pistões. E dava mesmo muito certo. Algorítimos casavam bem com sinagogas. Suspiros, com determinações. Era mesmo assim mesmo. Ela era ovalada. De suas pernas nasciam hermenengardas, que só andavam vestidas no outono. Seus cabelos, feitos de sistemáticos motrizes, nunca eram cortados, mas diziam muito. Diziam louças e tempestades. Tramas familiares. Estigmas. Tudo por uma esmeralda. Viaturas.
Cansada de dizer coisas prudentes, começou a arriscar no escuro. Nada era muito pouco. Tudo sobrava em puro susto devedor. Ela era Penélope costurante e Orfeu desatado. Nadava sempre de costas, para não encontrar a outra margem. E ganhava sempre nos jogos, disposta a modificar o circunflexo.
Foi queimada dezoito vezes, e tem cicatrizes fetônias, mas não se rende. Depois de terminados os sábados, vai adoecer na chuva, para melhor se fortalecer.
Cansada de ser de verdade, passou a estalar os dedos sempre que uma guerra acabava. E elas acabavam muito, mais do que começavam. Talvez porque sempre fosse preciso dar lugar a outras velocidades, e talvez porque elas não fossem de plástico. E se enguias ainda hoje a confundem, não é mais com ódio que ela as recebe entre seus dedos.
Cansada de dizer coisas urgentes, passou a ser arauto do olvido, e a construir carvalhos. Ela era uma espécie de isotopia. Uma oficina de meandros.
Mas foi só depois, muito depois, que perceberam sua importância.
Cansada de dizer coisas prudentes, começou a arriscar no escuro. Nada era muito pouco. Tudo sobrava em puro susto devedor. Ela era Penélope costurante e Orfeu desatado. Nadava sempre de costas, para não encontrar a outra margem. E ganhava sempre nos jogos, disposta a modificar o circunflexo.
Foi queimada dezoito vezes, e tem cicatrizes fetônias, mas não se rende. Depois de terminados os sábados, vai adoecer na chuva, para melhor se fortalecer.
Cansada de ser de verdade, passou a estalar os dedos sempre que uma guerra acabava. E elas acabavam muito, mais do que começavam. Talvez porque sempre fosse preciso dar lugar a outras velocidades, e talvez porque elas não fossem de plástico. E se enguias ainda hoje a confundem, não é mais com ódio que ela as recebe entre seus dedos.
Cansada de dizer coisas urgentes, passou a ser arauto do olvido, e a construir carvalhos. Ela era uma espécie de isotopia. Uma oficina de meandros.
Mas foi só depois, muito depois, que perceberam sua importância.
Era ela que lambia o mundo.
Comentários
Estou aqui para pedir sua ajuda para uma campanha que o instituto que frequento está fazendo.
É uma coisa simples, que só consiste em vibrar para que haja amor, compaixão e paz entre todos os seres do Universo. Postei a mensagem na íntegra no meu blog.
Se você puder e quiser compartilhá-la, dividí-la com o mundo, eu agradeço. Fique à vontade para copiar e colar.
Somente peço a gentileza de creditar os méritos ao TADASHI que é o pai desta idéia.
http://fagga.blogspot.com/2009/03/que-haja-amor-compaixao-e-paz-entre.html
Acredito que, quanto mais pessoas lerem a mensagem, mais pessoas serão alcançadas por esta vibração .
Obrigada,
Cris
Lambendo o mundo!
Aqui quem fala é o seu eterno estagiário! Tudo bem?
Demorei demais para mandar essa mensagem, mas antes tarde do que nunca! Procurei um e-mail por aqui mas não encontrei, o da quantum ainda está de pé?
Minha formatura vai ser essa sexta lá na reitoria. Seu convite está comigo, mas tudo anda tão corrido que não tive tempo de deixar na sua casa (é aquela no centro ainda né?). Tenho a versão dele digitalizada, me fala um e-mail que te passo por ele.
Feito o contato, vamos conversar mais!
Abração.
maravilhoso esse post! ;D
Obrigada, Bruno! Eu ando tão sem tempo... esse texto saiu assim, meio trôpego, entre um trabalho e outro...
E Bernardo, só vi agora sua mensagem! : (
...mas se vc voltar por aqui, entra em contato comigo pelo rebecca.pedrosoarrobagmail.com
AH! E parabéns!!!!!!!!!! Estou muito orgulhosa de você!
Vou lá dar uma olhada pra ver o que é e decidir o que fazer...
bjo!
(amei a visitinha, volta mais!)
beijo
v.