Cansada de dizer coisas óbvias ou coerentes, ela divagava. Detestava a coerência, que era pra ela como uma espada espantada. Passou a dizer coisas alhures. A misturar melancias com pistões. E dava mesmo muito certo. Algorítimos casavam bem com sinagogas. Suspiros, com determinações. Era mesmo assim mesmo. Ela era ovalada. De suas pernas nasciam hermenengardas, que só andavam vestidas no outono. Seus cabelos, feitos de sistemáticos motrizes, nunca eram cortados, mas diziam muito. Diziam louças e tempestades. Tramas familiares. Estigmas. Tudo por uma esmeralda. Viaturas. Cansada de dizer coisas prudentes, começou a arriscar no escuro. Nada era muito pouco. Tudo sobrava em puro susto devedor. Ela era Penélope costurante e Orfeu desatado. Nadava sempre de costas, para não encontrar a outra margem. E ganhava sempre nos jogos, disposta a modificar o circunflexo. Foi queimada dezoito vezes, e tem cicatrizes fetônias, mas não se rende. Depois de terminados os sábados, vai adoecer na chuva, par...