De repente, era a alegria que voltava,
De mansinho, de tardinha, como um sopro de vento depois de escaldante calor, como beijo de amigo depois de briga, como sorvete depois do trabalho, como saúde voltando, vida, expectativa, densidade, começo de noite na praia, banho de cachoeira, patinação no gelo, bicicleta na descida, jabuticaba no pé, passarinho voando bem alto, no esplêndido violáceo do céu, de repente era assim, como livro bom e rede, como parede caiadinha de branco, móveis antigos de madeira, música de chico, casa de oscar, pandeiro e violão, calças listradas, vestidos azuis, boinas de lã, suspensórios, candelabros, cinema, praça, algodão doce, vitrola, janela com paisagem, céu de brigadeiro, vertigens,
era assim, de repente, como tudo o que é mais gostoso e suave,
como um beijo roubado,
como algo que se declara, que de repente se diz,
suspense solto no espaço
da luminosa alegria.
Comentários
Que delícia essa alegria!!!
Também tenho um texto sobre quando a alegria pousou novamente no meu ombro, após ter voado distante por mais de dois anos...
Melhor que estar alegre, é SER ALEGRE DENOVO! É despertar essa alegria que jazia em algum canto escuro, onde nós mesmas a largamos e depois esquecemos de resgatar...
Que bom, Rebecca!
e esse texto que vc falou? manda pra mim...
bjo!!! E muito obrigada pelo carinho!
Bjs, continue linda com sua produções tão lindas quanto!
Vc é muito chic!
E lindo é vc, viu?
Bjim!