Menina, querida, aprenda, nada há que possa ser feito agora. O amor se foi, eu sei, mas isso é coisa dele mesmo - moço arredio. O futuro se foi, eu sei, mas isso é próprio dos fantasmas de sempre. A saudade foi embora, não volta, outras coisas farão mais sentido agora. O corpo está partido, é claro; mas não se preocupe, as ataduras estão firmes por enquanto.
Menina, criança, ouça-me, as portas são mais bonitas abertas. A fuga é oblíqua e é pronta, mas não é um erro, é uma ponte que sobe.
Meu modo de ser no escuro é como o seu, não pode ter nomes, nem paciências. Se estiver cansado, escapa liso como as lâminas da correnteza, funde-se no mundo, explode urgente em tremedeiras.
Tudo o que sei é o que eu te conto, o que te ensino, os lábios trêmulos de ardores antigos: sei que nossa pele está seca, porque é inverno agora e o frio se expande. Se o tempo do gesto por perfeito, em breve estaremos em casa, adoçadas pelo mesmo amor errante que ora se despede espantado.
É frio, eu sei, e temos fome. Mas é preciso esperar o retorno dos ventos.
Grita, criança, grita. Sua prisão trará o sol de novo.
Comentários
escrevi hoje no blog da empresa que trabalho e me lembrei de voce!
beijos mils e bora chamar o Dani pruma cervinha!
Sua presença por aqui sempre me deixa feliz!
Bjo!
Gostaria de aproveitar pra te convidar para uma feira francesa que acontecerá no próximo sábado(19) na Savassi, na R.Pernambuco, entre Claudio Manoel e Santa Rita Durão.Vou adorar te conhecer pessoalmente!
K. (como o do "Castelo"?!...), obrigada pelo convite, vou falar com o Marcelo pra gente ir e se encontrar. Vai ser ótimo. Que horas vai ser? Chama a Nalu também. Eu acho que não a conheço...