Um dia... seremos feitos da mesma matéria dos pântanos, viscosos e úmidos e descuidados... o que equivale a ser um pouco como os ratos, nervosos e úmidos e farejantes e tímidos... o que não está longe de se parecer com a sinuosidade de algumas febres, e com a complacência de alguns criminosos...
Um dia, seremos acuados, e viveremos prisioneiros de um tempo esquivo, onde as azaléias vão nascendo escuras e um céu de aço é corrompido por uma chuva indecisa e apócrifa, cuja densidade de ferro repreende os que ainda pleiteiam alguma esperança, essa dilatada e obesa senhora de pele vítrea.
Um dia, seremos todos de branco, acossados pelo encerramento dos tempos e aguçados pelos fantasmas de sempre, e em vão percorreremos as ruas, munidos com espadas de estanho e esquartejando teoremas vibrantes.
Um dia, seremos todos mortos, e símbolos de plástico nos comerão a pele, os nervos, os ossos, a fome. Viveremos de fé e raízes, mas nossa memória dividirá segredos com carrascos vestidos de alumínio, cujos desertos de areia e névoa não escondem nenhum ruído.
Um dia, cantaremos vitória. Porque estaremos cansados demais para chorar.
Um dia, seremos feitos da mesma matéria de Deus. E de Nada.
Um dia, seremos acuados, e viveremos prisioneiros de um tempo esquivo, onde as azaléias vão nascendo escuras e um céu de aço é corrompido por uma chuva indecisa e apócrifa, cuja densidade de ferro repreende os que ainda pleiteiam alguma esperança, essa dilatada e obesa senhora de pele vítrea.
Um dia, seremos todos de branco, acossados pelo encerramento dos tempos e aguçados pelos fantasmas de sempre, e em vão percorreremos as ruas, munidos com espadas de estanho e esquartejando teoremas vibrantes.
Um dia, seremos todos mortos, e símbolos de plástico nos comerão a pele, os nervos, os ossos, a fome. Viveremos de fé e raízes, mas nossa memória dividirá segredos com carrascos vestidos de alumínio, cujos desertos de areia e névoa não escondem nenhum ruído.
Um dia, cantaremos vitória. Porque estaremos cansados demais para chorar.
Um dia, seremos feitos da mesma matéria de Deus. E de Nada.
Comentários
não sabe como me comove.
Beijo,
sil.
quanto as tirinhas, se vc clica sobre elas, não aparecem em outra janela bem maiores? tenho que saber, pois senão o blogspot está me passando a perna... rsrsrsrsrssrsrs!!!
vou passar sempre por aqui também!!!! adorei o texto!
beijão!!!
www.pryscila.com.br