Para meu pai, em seus 71 anos. Como nasci e vivi em Recife até os 4 anos, o mar não era exatamente uma novidade pra mim. Todos os dias, alguém (pai, mãe, babá) me levava bem cedo pra dar uma passeadinha pela praia, seja pra brincar entre as poças d´água que se formavam com a maré baixa, seja pra rodopiar por ali por lá por tudo, tarefa infantil das mais importantes e produtivas, como se sabe. Tudo aquilo era muito bem aprendido com a febre dos meus dois, três anos; um tudo que me faria-faz falta nessa minha vida de montanhas mineiras: areia cantante, ar aberto, barulho de onda e guarda-sol. Como os três anos não são exatamente altos, e como, na maré baixa, os arrecifes de Recife cuidam de proteger a boa viagem dos que por ali andam, eu só sabia do mar como uma espécie de lago dourado e verde, do seu limite de pedras, esponjosas pedras brilhantes de água e sal e luz. Nos finais de semana, a praia demorava mais, com direito a ter meu pai mais tempo por perto, fazendo o nada que os adulto...
Foto de Guy Sargent
Comentários
quanto sentimento nesse poema!!!
encantador=)
espero que goste do meu blog=)
bjos,
Clau
Vou lá te visitar em breve!
Bjos!
Esdras,
Acho que ando muito subjetiva mesmo... esse espaço tem sido mesmo um reduto de devaneios... rsrsrs!
Clau,
Aceito o beijo e o elogio. Ando precisada de ambos... ; )
lindo!
adoro quando me chamam poeta... rsrsrsrs!